Agora o que desconfio que seja verdade, é que a justiça pública arma ratoeiras que só apanham camundongos, e deixa e tolera que famosas ratazanas vagem impunes, floresçam e brilhem, fazendo farofa pelas ruas da cidade.


Joaquim Manoel de Macedo (A Luneta Mágica)

quinta-feira, 15 de abril de 2010

O Brasil em crise



Há muito tempo atrás o Brasil era conhecido como uma terra de fauna e flora belíssimas além de artistas consagrados nas mais diversas áreas, de uma cultura rica e história heróica. Bem, mas isso agora é passado, nós brasileiros vivemos não na crise econômica de grandes proporções, mas sim na crise de talentos e qualidades há muito perdidos.À começar pela música. Tanto no universo musical gospel como pagão há falta de conteúdo nas letras. O bom brega dos anos dourados do Brasil foi enterrado por uma juventude pouco exigente com o que ouve. A falta de qualidade também se faz presente na política, para onde foram a prestação de serviços e o respeito ao eleitor? Agora é roubar dinheiro que deveria ser usado na saúde, educação, enfim em projetos sociais para comprar panetones. As novelas e os filmes também sofrem com essa geração néscia, pena que não há nenhuma qualidade brasileira há ser salientada nos filmes que exportamos. Com isso conseguimos somente afugentar turistas sensatos. Outro caso sério, entre muitos outros com que temos que nos acostumar, é o plano de moradia do governo para a população carente. Plano esse que nunca é completado, fica sempre na metade, e quando a população resolve fazer protestos decentes, eles, os políticos, dizem que irão tomar providências, estas que nunca são tomadas. Caos também marca presença no judiciário. Nos jornais o que não falta são manchetes mostrando juízes do alto escalão liberando abeas corpus para banqueiros bandidos, e outros privilegiando psicopatas com a progressão de pena, privilégio esse criticado até pelo ministro da justiça. Não basta criminosos estrangeiros buscarem proteção nessas leis "xexeletas" de nossa pátria como também o Brasil virar depósito de lixo europeu. Da saúde nem se comenta! Das poucas qualidades que se conhece entre brasileiros, talvez a única, é o futebol. Dele devemos nos orgulhar. Todos os anos são exportados para a Europa e Ásia bons atletas filhos desta terra. Espertos são europeus que usam e abusam dos poucos talentos que nos restam. A única certeza que temos é a esperança de um dia acordarmos decididos em começar a mudar a nossa situação atual, renegando o lixo jogado pelo relativismo em nossas casas e cumprindo nossa obrigação de limpar nosso país dos estrangeirismos e deixá-lo mais nacional.

segunda-feira, 12 de abril de 2010

O Aborto na Anencefalia


O cientista criador da ovelha Dolly, em entrevista ao Fantástico, disse que a morte se dá pela cessação das atividades cerebrais, e a vida pelo início das mesmas. Seguindo o raciocínio desse cientista, o aborto, no caso da anencefalia é justificado, uma vez que não há vida para ser tirada. No entanto, a atividade vital precede a atividade cerebral e o feto anencéfalo não é um cadavér, visto que ele não apodrece e continua se desenvolvendo. A presença de vida é indicada pela funcionalidade dos orgãos vitais, o que faz com que o aborto seja um assassinato. A vida inicia-se no momento da concepção, i.é., em que o óvulo é fecundado pelo o espermatozóide, seguindo um processo vital (natural), e qualquer forma de atentado a essa vida é crime, previsto em lei. "Pessoalmente,eu não acredito que uma mulher possa carregar no ventre, um cadavér, que cresce e se desenvolve, apesar da anencefalia.", comenta uma estudante de Direito. Com essa declaração ela deixa claro a sua posição favorável ao aborto do feto anencéfalo, apesar de, segundo ela, a anencefalia não ser um sinal de morte fetal. Já um estudante de Defensoria Pública aplaude e apoia, pelo menos em parte, o pensamento equivocado da moça e diz: "No caso da anencefalia, o feto não teria vida.", mais uma vez uma opinião pouco embasada sobre o assunto. E você o que pensa sobre isso? Reflita e deixe um comentário!

De Que Sobrevive O Mito Moderno?



O mito é um modo de atribuir significado ao mundo. Desde as sociedades tribais até hoje, o mito é usado como uma barreira às ameaças físicas e psicológicas (ou ideológicas) que constantemente se contrapõem aos valores estabelecidos pela sociedade.
Os meios de comunicação de massa são os maiores criadores e propagadores de mitos no mundo globalizado. Os valores que estavam estabelecidos e sólidos na sociedade primitiva, com o progresso da globalização, foram contestados e muitos derrubados pela mídia. A configuração do mundo moderno nos mostra para quão distante a humanidade se afastou de Deus. Nossa liberdade está sendo bombardeada pelas inúmeras “ditaduras” que surgem num mundo onde se perdeu o censo crítico do correto. A ditadura da moda, por exemplo, criou mitos vistos como universais e “inquestionáveis” de como é o corpo perfeito, a vestimenta e comportamento perfeitos, que se não seguidos acarretam em uma parcial exclusão do círculo social. No entanto, há muitos mitos autênticos derivados das necessidades de propiciar o bem e afastar o mal e são exemplares. Interessante é a fantasia de que existe um “bicho papão” debaixo das camas das crianças que se comportam mal. Essa fantasia apesar de ser vista como um mito maldoso, pois assusta as crianças, promove um bom comportamento nelas. O mito é fundado no desejo de segurança, que permite ao ser humano criar fantasias que o tranquilizam.
Porém há aqueles que dizem que o mito não pode ser considerado como outra forma de ver a realidade, doutrina defendida pelos positivistas, que alegam que a razão é o único critério válido para se chegar ao conhecimento. No entanto, eles não atentaram para o fato de que a própria ciência pode virar um mito, à medida que ela se constitui a margem da sociedade e de seus interesses.
Concluindo, a ciência é importante e necessária para o entendimento do mundo, porém, não oferece a única interpretação do real. Negar o mito é negar uma das expressões mais fundamentais da existência humana.
Marília Gomes Pachêco

Se Eu Vivesse Eternamente


Viver para sempre é o sonho de muitas pessoas, encontrar a tão sonhada “Fonte da Vida Eterna”, cujas águas não só garantiriam a perpetuidade do seu corpo e de sua vida, mas também de sua juventude. Mas será que viver para sempre seria de fato um bem? É certo que ninguém gostaria de experimentar a angústia de ter que morrer, mas ficar preso a uma existência sofrida, vendo as pessoas que você mais ama morrerem e viver em uma constante tentativa de mudar o mundo em sua volta, sabendo que ninguém está realmente interessado em transformar o mundo em que vivemos num lugar melhor, talvez trouxesse uma angústia maior. Por outro lado, você teria a oportunidade de ver todas as suas gerações, os avanços da medicina, da tecnologia, e então estaria em melhores condições para dar conselhos à humanidade, para o bem ou para o mal (dependendo de sua particular formação!), envelheceria sendo aclamada quem sabe até como um deus! É uma escolha difícil se ao menos a tivéssemos. Analisemos então um caso negativo de imortalidade: um delinquente, cuja conduta rebelde é reconhecidamente impossível de recuperação, um aidético, assassino, que adquire experiências durante a vida toda em que viveu, ele seria com certeza um grande problema à humanidade e a sua própria vida seria um insuperável e eterno tormento. Consideremos um homem que se rende às inclinações depravadas da sua natureza e vem a ser um homossexual que, mais tarde, tendo deificado sua ruinosa opção e se tornado um servo dela, é acometido de AIDS. Ora, sendo a AIDS uma doença terrível e incurável, tal homem teria que viver para sempre sob o jugo estacionado de indizíveis tormentos. Parece que a imortalidade não seria algo benéfico numa sociedade onde a deliberada rebelião contra os valores morais já é algo reconhecido e estabelecido.
Imaginemos um “Hitler” imortal, cujo destino foi julgado e determinado por pessoas que são contra a punição dos malfeitores (estamos no país de Gilmar Mendes!) e priorizam sua reintegração à sociedade e a afirmação eloquente dos direitos “humanos” daqueles que sabemos que só restaria (numa sociedade justa e normal) a punição de prisão perpétua ou a pena capital como ressarcimento pelas vidas que foram tiradas. Imaginemos, desprovidos de qualquer preconceito, uma sociedade constituída de imortais que lutam pela descriminalização das drogas, constituída de viciados em “crack” e de políticos de esquerda que se sacrificam para institucionalizar a prostituição e seu parceiro incondicional, a legalização do aborto, bem como do casamento gay, mas não se sensibilizam com os problemas da saúde, com o desmoronamento da família e da apoteose da promiscuidade com todas as suas maléficas implicações. Imaginemos um mundo feito só de imortais, que secundarizam a preocupação com a depredação da natureza e fazem “vista grossa” ou mesmo promovem a não menos grave depredação dos valores.
Prefiro um mundo onde a morte é algo universal, imprevisível e inevitável. Apesar de estarmos morando numa virtual “torre de Babel”, o mundo ainda não é o inferno. O mal ainda não conseguiu realizar sua tão esperada vitória, a eliminação do bem e a entronização do relativismo e da arreligião. No fim, é o Bem que triunfará. No fim haverá somente aqueles que dizem ao Regente moral do universo: “Seja feita a tua vontade”, e aqueles a quem o Regente moral dirá com solenidade: “Seja feita a vossa vontade”. Então, aqueles cujo amor próprio degenerou-se em egoísmo ao ponto da autodivinização, que rejeitaram a verdade absoluta em favor da “absolutização” do relativismo ou de uma outra verdade qualquer, viverão para sempre num mundo que eles sempre desejaram e terão experiência da felicidade que eles próprios idealizaram, sem Deus, senão eles mesmos, sem paz, pois num mundo onde reina absoluto o relativismo não pode haver paz e sem salvação, pois o seu estado ou condição será imortalizado ou perpetuado. Prefiro desconfiar do meu próprio conceito de felicidade ao invés de elevá-lo à dignidade de norma de fé e prática. Que estado de coisas você escolheria?